Quais as características dos Chakras?

As palavras são limitadas para descrever os atributos dos chakras, pois cada pessoa só realmente saberá por sua experiência direta adquirida com a atenção plena em cada centro de energia sutil.  Entretanto, existem atributos gerais que podem ser associados a cada chakra, que, quando ativados, desencadeiam padrões de pensamento e sentimentos em diferentes níveis de consciência.

Não fique confuso se encontrar diferentes atributos em outros textos ou escrituras. Os atributos são meramente subjetivos, dependentes da experiência pessoal direta, e podem variar de acordo com a tradição e natureza individual de cada um.

Algumas características gerais dos chakras são:

1. Muladhara: ligado ao sentimento de segurança pessoal e sobrevivência.  Em desequilíbrio, limita a vida da pessoa que se prende à padrões de pensamento vinculados a como obter comida, um lugar para viver e procriar. O indivíduo frequentemente se exaure por “lutar” contra o mundo, em vez de agir em harmonia.

2. Swadhistana:  ligado ao sentimento de alegria, humor e sexualidade. Em deiquilíbrio, torna-se um grande obstáculo à pessoa que restringe sua vida na busca de prazeres pessoais e sensações através da comida, bebida, sexo, etc.

3. Manipura: ligado à auto-afirmação, auto-estima e força dinâmico de realizar as coisas. Em desiquilíbrio, torna-se um obstáculo para a pessoa que se perde na tentativa habitual de controlar pessoas e situações, em busca de riqueza, respeito, etc.  Busca manipular o mundo de acordo com desejos pessoais. É expressado na prevalência da motivação de ganhar riqueza, respeito, etc.

4. Anahata: Ligado ao amor, compaixão e outros sentimentos. Este é o centro em que a pessoa começa a amar e compreender as pessoas pelo o que elas são, independentes de suas falhas, idiossincrasias, etc. A pessoa começa a aceitar os outros indivíduos.

5. Vishuddhi:  Ligado à comunicação e relacionamentos interpessoais. Este é o centro aonde a pessoa começa a compreender e vivenciar o mundo como um lugar de harmonia e perfeição.

6.  Ajna: Ligado ao intelecto, intuição, sabedoria e alguns poderes psíquicos. Este é o centro no qual a pessoa se torna um ator no palco do mundo, vendo tudo como que quase um sonho. Todas as ações, pensamentos e objetos, incluindo o próprio corpo e mente, são observados a partir do centro da consciência. Este é o centro observador.

7. Sahasrara: É o centro da iluminação, o ponto de destino da energia que sobe por todos os outros chakras. Não é realmente um chakra, mas transcende e contém todos eles. As suas mil pétalas indicam que ele contém pétalas infinitas. É ilimitado.


A nossa energia vital (prana) faz um percurso dinâmico pela espinha sutil, subindo e descendo pelos determinados chakras de acordo com as situações. Normalmente este fluxo está restrito aos três primeiros chakras, com preocupações mais egoísticas e mundanas. Porém, também vivenciamos ocasiões de compaixão, ternura e até momentos intuitivos, que demonstram que a energia também flui para os chakras mais elevados.

A prática de yoga de forma integral é um preciso método que nos auxilia a equilibrar a energia vital pelos chakras, permitindo sua subida para padrões de consciência mais elevados e universais. As posturas físicas, purificações orgânicas, entoação de mantras, relaxamento, meditação etc. são poderosas ferramentas, que se usadas habilmente, podem nos levar à um estado de equilíbrio e relaxamento que nos permite viver em plenitude.

É muito importante manter todos os chakras equilibrados, sem a predominância precoce de nenhum centro sob pena de nos arriscarmos a ter uma grave instabilidade emocional. O nosso caminho de evolução é de baixo para cima, do chakra muladhara para o sahasrara, e essa subida é lenta e gradual.

Um equívoco muito comum são pessoas pedirem que lhe sejam direcionadas práticas específicas para desenvolver o ajna chakra (frontal, terceiro olho) por que elas gostariam de ler os pensamentos de outras pessoas ou enxergar suas auras. Porém,  como elas se sentiriam se realmente soubessem o que as outras pessoas pensam? Como se sentiriam ao saber que talvez uma pessoa não goste não delas? Não precisariam de suficiente segurança do muladhara para não se sentirem ameaçadas? Não precisariam do humor do swadhistana para rir da situação? Não precisariam da auto-estima do manipura para não se sentirem constrangidas? Não precisariam da compaixão do anahata para amar a outra pessoa mesmo assim?  Não precisariam da comunicação do vishuddhi para continuar a se relacionar com essa pessoa? Não precisariam da intuição do ajna para lidar a situação com sabedoria?

Portanto, o princípio básico para uma prática saudável de yoga é energizar todos os chakras de uma maneira balanceada.

Boas práticas!
 
Hari Om Tat Sat

Henrique Saad: no caminho da Yoga desde 2005, dá aulas e retiros na Chácara Anahata, em São Roque -  www.chakraanahata.org  --  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Advertência:
Este conteúdo é de uso estritamente informativo e recomenda-se, sempre, o auxílio pessoal de um instrutor qualificado.

 


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