
O INPD (Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Crianças e Adolescentes) coordenado pelo professor Eurípedes Constantino Miguel, da Faculdade de Medicina (FMUSP) da USP, desenvolve estudos com destaque na detecção precoce e no tratamento preventivo de crianças e adolescentes com risco para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, como o do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), de conduta, de ansiedade, obsessivo-compulsivo (TOC), do humor bipolar, de aprendizagem e autismo, entre outros.
Além do Instituto de Psiquiatria (IPq) da FMUSP, também estão envolvidas as Universidades Federais: de São Paulo (Unifesp), do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Bahia (UFBA), de Pernambuco (UFPE), do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Presbiteriana Mackenzie, a Federal de Santa Maria, a Universidade Metodista (Rio Grande do Sul), e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Centros de pesquisa internacionais também completam o perfil, como as universidades de Yale, Harvard, Duke, de Nova York; do Texas, John Hopkins; da Califórnia em San Diego (UCSD); da Califórnia em Los Angeles (UCLA); e o Instituto de Psiquiatria de Londres, que irão colaborar com os pesquisadores brasileiros.
Além de abordagens como a terapia cognitivo-comportamental, o projeto também investiga terapias alternativas e não-invasivas, como a Kundalini Yoga. "Os trabalhos com a Kundalini Yoga no INPD estão na fase final de implementação. Faremos inicialmente um estudo científico para verificar e comprovar sua eficácia no auxílio a pacientes que sofrem de transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Trabalhos dessa natureza já estão publicados na literatura médica (alguns podem ser encontrados no site http://www.theinternetyogi.com/html/publications.html). Pretendemos validar o método, utilizando um estudo com maior número de praticantes e em outro país, agora no Brasil", informa o coordenador do projeto Kundalini Yoga do INPD, Dr. Rodrigo Yacubian Fernandes.
Gradualmente, notam-se mudanças significativas na abordagem da medicina convencional. Em busca de uma visão mais holística e integrativa, cada vez mais instituições vêm complementando os seus tratamentos com métodos alternativos como a yoga e a acupuntura. Segundo o Dr. Rodrigo: "Vivemos um momento bastante interessante, onde grandes instituições como os Hospitais das Clínicas (HC) e Albert Einstein (HIAE) de São Paulo e o Serviço Único de Saúde (SUS) ampliam suas atuações com adesão de técnicas complementares."
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