O misticismo dos indianos é uma das coisas que mais chamam a atenção em um ocidental. Eles mostram sua fé e o respeito às tradições carregando marcas e símbolos na vestimenta e no rosto. O bindi, usado no centro da testa, o sindoor – traço vermelho aplicado na cabeça - e o tilak, tintura também aplicada na testa em formato de V ou U, demonstram toda a força e a espiritualidade desse povo.
O Ganga Aarti (गंगा आरती) é uma cerimônia hindu em homenagem à deusa Ganga. Quando o sol começa se por, multidões se dirigem para à beira do rio e cantam mantras ao tocar dos sinos, se banham para purificar-se e oferecem diyas (barquinhos com flores e vela de ghee - manteiga purificada). Sacerdotes hindus se dispõe em fileiras e seguram bandejas com cinco velas de ghee flamejante, e com belos movimentos circulares saúdam a sua adorada Maa Ganga (Mãe Ganges). O fluir das águas iluminadas pelo fogo é um dos espetáculos mais belos da Índia, de pura fé e união com a natureza.

O conto literário europeu (e por extensão, o americano) é de origem oriental, ou mais precisamente, hindu. Há concordância entre os mais importantes estudiosos e pesquisadores que pelo menos duas colecções de contos orientais estão na origem (ou serviram de paradigma) das narrativas que fizeram o encanto dos ocidentais europeus durante a Idade Média e a Renascença. Essas duas colecções-fontes são: o Pantcha Tantra (Os Cincos Livros) e o Hitopadexa (A Instrução Útil), surgidas séculos antes de Cristo.