
Esta arte ancestral é chamada de “a mãe de todas as artes marciais” – até mesmo a chinesa Shaolin chuan do famoso templo Shaolin tem sua origem no Bodhi Dharma, um monge budista indiano que era especialista em Kalaripayattu.
O Kalaripayattu exibe uma grande influência do ayurveda – um sistema indiano ancestral de medicina holística – assim como formas clássicas de dança de Kerala, como Kathakali. Os gurus do Kalarippayyattu às vezes incorporam massagens com óleos medicinais tradicionais para os estudantes, conhecidos como thirumal, para aumentar a flexibilidade ou tratar lesões musculares sofridas durante a prática. Por isso esta arte marcial é popular entre dançarinos que buscam uma maior agilidade física e flexibilidade.
Treinamento de Kalaripayattu
Praticado dentro de um Kalari – uma arena similar a um dojo – o Kalaripayattu se divide em dois estilos distintos, Vadakkan Kalarippayattu ou “estilo do Norte”, e Thekken Kalarippayattu, ou “estilo do Sul”. O Vadakkan executa graciosos movimentos com o corpo, enquanto o Thekken envolve movimentos muito rápidos e econômicos, ainda que vigorosos.
O iniciante passa primeiro por um condicionamento físico por meio de seqüências rigorosas para ampliar a coordenação neuro-muscular. Em seguida, vem o treinamento de luta com longas armas de madeira, seguido por adaga, espada e escudo. Finalmente, o praticante treina o combate corpo-a-corpo, incluindo golpes em pontos vitais do corpo, agarramentos e chaves de braço.
Um verdadeiro praticante de Kalarippayattu também passa por treinamento médico e aprende como tratar ferimentos com medicinas tradicionais. O praticante que se torna totalmente adepto em todos os aspectos se torna um mestre completo, chamado Gurukkal.




Fontes: Discovery / Perry Anderson