
Recomendo o filme para quem já foi ou têm curiosidade para saber mais sobre os costumes da Índia através de uma divertida comédia. Eles mandaram muito bem em tudo, apresentaram detalhes que todo mundo que foi para a Índia vivencia. Aparenta ser um filme romântico apenas, mas vai além com detalhes de altruísmo e valores humanos que acabam sendo massacrados pelo sistemão massacrante empresarial. (Coloquem comentários :o)
O filme, uma comédia, revela a mudança de vida sofrida pelo protagonista – Todd Anderson (Josh Hamilton) – inicialmente imposta pelo fenômeno da terceirização, prática comumente implementada pelas grandes organizações como estratégia de redução de custos para enfrentar as consequências da globalização, o que cria formas de desregulamentação e precarização nas relações de trabalho.
Tendo como motivo condutor a terceirização, o filme aborda as diferenças culturais – americana e indiana –, porém despojado do peso do moralismo, porquanto o protagonista, obrigado pela empresa americana a trabalhar um período indefinido na Índia, experimenta inicialmente o choque cultural. Mas, aos poucos, auxiliado pelo seu substituto Puro (Asif Basra) e pela decidida Asha (Ayesha Dharker), passa a se libertar da importância atribuída à sua própria cultura. Essa abertura gradual lhe possibilita, durante a sequência da história, a ampliação da percepção sobre si mesmo e sobre os que o cercam, resultando um rico aprendizado sobre o novo (hábitos, crenças e valores), o que sutilmente causa uma revisão sobre suas condicionalidades e suas reais necessidades.
Desse modo, vencido pelo calor da cultura indiana, Todd Anderson, num certo momento do filme, abre-se à Índia, e passa a ver o estrangeiro, não como o diferente, mas como um ser humano que teve tão-somente uma base cultural distinta do lugar onde ele nascera – os Estados Unidos. Desse modo, reavalia sua maneira de exercitar sua função no trabalho, assimilando novas formas de relacionamento, amizades e, até mesmo, um encontro amoroso. Assim, passa a exercitar um novo olhar sobre questões pessoais e sobre sua própria vida, abrindo-se a aspectos e atitudes que extrapolam a normalização dos deveres do trabalho.
Esse filme, despido do preconceito de valorizar uma cultura em detrimento da outra, não deixa de nos levar a uma reflexão sobre o “sonho americano” e as ideias usuais sobre sucesso e felicidade, muitas vezes antagônicas.
Fonte: Eugênia Pickina
O filme, uma comédia, revela a mudança de vida sofrida pelo protagonista – Todd Anderson (Josh Hamilton) – inicialmente imposta pelo fenômeno da terceirização, prática comumente implementada pelas grandes organizações como estratégia de redução de custos para enfrentar as consequências da globalização, o que cria formas de desregulamentação e precarização nas relações de trabalho.
Tendo como motivo condutor a terceirização, o filme aborda as diferenças culturais – americana e indiana –, porém despojado do peso do moralismo, porquanto o protagonista, obrigado pela empresa americana a trabalhar um período indefinido na Índia, experimenta inicialmente o choque cultural. Mas, aos poucos, auxiliado pelo seu substituto Puro (Asif Basra) e pela decidida Asha (Ayesha Dharker), passa a se libertar da importância atribuída à sua própria cultura. Essa abertura gradual lhe possibilita, durante a sequência da história, a ampliação da percepção sobre si mesmo e sobre os que o cercam, resultando um rico aprendizado sobre o novo (hábitos, crenças e valores), o que sutilmente causa uma revisão sobre suas condicionalidades e suas reais necessidades.
Desse modo, vencido pelo calor da cultura indiana, Todd Anderson, num certo momento do filme, abre-se à Índia, e passa a ver o estrangeiro, não como o diferente, mas como um ser humano que teve tão-somente uma base cultural distinta do lugar onde ele nascera – os Estados Unidos. Desse modo, reavalia sua maneira de exercitar sua função no trabalho, assimilando novas formas de relacionamento, amizades e, até mesmo, um encontro amoroso. Assim, passa a exercitar um novo olhar sobre questões pessoais e sobre sua própria vida, abrindo-se a aspectos e atitudes que extrapolam a normalização dos deveres do trabalho.
Esse filme, despido do preconceito de valorizar uma cultura em detrimento da outra, não deixa de nos levar a uma reflexão sobre o “sonho americano” e as ideias usuais sobre sucesso e felicidade, muitas vezes antagônicas.
Fonte: Eugênia Pickina